Fiz uma ótima viagem técnica no início deste ano. Aprendi e já estou colocando em prática muitas inovações, além de me atualizar das tendências do mercado. Mas foi assistindo um filme, ainda dentro do avião, que tive o maior aprendizado da viagem. Dificilmente locaria o filme O Último Bailarino de Mao, mas a dificuldade em dormir no espaço tão apertado entre as cadeiras, me fez escolher um título qualquer. A cena que me chamou atenção se deu logo no início da trama. Uma professorinha dava aula numa pacata vila no interior da China, quando é surpreendida por oficiais mal encarados do governo do ditador Mao. Imediatamente a professora pede para os alunos se levantarem e cantarem o hino da revolução que exaltava o déspota. A letra era mais ou menos assim: “O Mao é bonzinho, ele ajuda as criançinhas...”. Ou coisa semelhante. Com um gesto ríspido um oficial manda se calarem. Anda por entre as filas observando as crianças. Disse que procurava candidatos a integrantes de uma companhia de dança oficial do governo. Uma estranha forma de seleção, mas isso é típico do regime. Decidiram não convocar ninguém daquela sala e já estavam saindo à porta quando a professorinha, que nem sei o nome, corajosamente toca nas costas de um oficial e quando este se vira aponta para um aluno e diz: Que tal aquele menino ali? Fade e o menino já aparece treinando junto com outras crianças. A história é baseada em fatos reais e o menino se transforma num prestigiado bailarino internacional.
Aprendo duas lições com a anônima professorinha:
1- Eu preciso de alguém que me promova, que me ajude, que fale bem de mim. Existem preciosos propósitos para minha vida que só se concretizarão com uma palavra que me encoraje, que me indique um caminho, que me valorize. Só o orgulho e a altivez me farão desprezar esta ajuda abençoadora.
2- Eu posso ser a pessoa que fala bem, que aponta, que recomenda, que encoraja. Um elogio ou indicação podem fazer toda a diferença nas vidas das pessoas que me cercam.
veja o trailer do filme: