segunda-feira, 24 de outubro de 2011

prestação de contas: é de Deus!



Eu estou na muda. E isso há algum tempo. Minha sorte é que tenho encontrado muitos homens e mulheres abrindo mão da plumagem exuberante para se revelarem como são. E isso de forma voluntária e, por que não dizer, corajosa. Gente que não agüenta mais falsear quem não é pra alcançar prestígio não sei de quem. Gente que não quer mais "fotoshopar" a alma.
Creio que um bom princípio de Deus que nos auxilia neste processo é a prestação de contas. Presta contas da tua administração (Lucas 16:2b). E prestação de contas me lembra também aquela prática periódica de quitação das parcelas de uma compra a prazo. No nosso caso, as prestações são eternas. Ou seja, prestação de contas pra um servo é por toda a vida.

princípio universal 
Talvez um dos piores momentos de Israel foi quando este princípio foi desprezado. Cada um fazia o que achava mais reto (Juízes 21:25b). O curioso é que o texto não fala que o povo fazia coisas erradas, mas o que achava bem aos seus próprios olhos, sem um vínculo de autoridade. Pessoas precisam prestar contas, e a igreja como organização também. Onde não há conselho fracassam os projetos, mas com os muitos conselheiros há bom êxito (Provérbios 15:22). Nas igrejas do Novo Testamento sempre haviam grupos de pessoas a quem se prestavam contas que por sua vez prestavam contas também. Os anciãos eram membros mais maduros, os bispos, supervisores, mas até mesmo os da mais alta patente e reconhecimento como os comissionados Paulo e Barnabé prestavam contas. E dali navegaram para Antioquia, onde tinham sido recomendados à graça de Deus para a obra que haviam já cumprido.  Ali chegados, reunida a igreja, relataram quantas coisas fizera Deus com eles e como abrira aos gentios a porta da fé.  E permaneceram não pouco tempo com os discípulos (Atos 14:26-28).

prestar contas de que?
Grandes homens de Deus prestavam contas de seus ministérios, de suas atividades pessoais, de seus sonhos. José prestava contas a Potifar (Gn 39:6); Saul prestava contas à Samuel (1 Sm 13:8-14); Davi prestava contas a Natã (2 Sm 12:13); Neemias prestava contas ao rei Artaxerxes (Ne 2:1-8); Daniel prestou contas aos reis que serviu (Dn 6:28); Jesus prestava contas ao Pai (Jo 4:34; 10:25); os discípulos prestavam contas a Jesus (Lc 10:17). Mas um dos relatos mais pujantes de prestação de contas vem do maior evangelista, do maior plantador de igrejas, talvez do autor mais lido em todo mundo. O apóstolo Paulo se esforça tremendamente para reunir um grupo de amigos para prestar contas de sua vida. E, quando se encontraram com ele, disse-lhes: Vós bem sabeis como foi que me conduzi entre vós em todo o tempo, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia (Atos 20:18).
 Você pode se inspirar em Paulo e prestar contas de algumas áreas de sua vida. Leia Atos 20:17-38.
1-Como encaro meus problemas (vr. 19);
2-Minhas atividades públicas e domésticas (vr. 20);
3-Detalhes de meu ministério (vr. 21);
4-Projetos e sonhos (vrs. 22 e 23);
5-Filosofia de vida (vrs. 24);
6-Relacionamentos pessoais (vrs. 25 a 27);
7-Ansiedades e medos (vrs. 28 a 32);
8-Atividades profissionais (vrs. 34);
9-Administração financeira (vrs. 35).

O resultado de uma sincera prestação de contas é maior intimidade, cumplicidade, quebrantamento e comunhão. Tendo dito estas coisas, ajoelhando-se, orou com todos eles. Então, houve grande pranto entre todos, e, abraçando afetuosamente a Paulo, o beijavam, entristecidos especialmente pela palavra que ele dissera: que não mais veriam o seu rosto. E acompanharam-no até ao navio (Atos 20:36-38).
Ore agora, para que o Senhor te revele um parceiro de oração e de prestação de contas.  É de Deus!

terça-feira, 11 de outubro de 2011

pra quem sabe crer, o pingo é uma bênção



Levantar cedo naquela manhã fria não foi fácil. A sensação que tive é que dormiria, sem esforço algum por mais duas horas. Mas vencendo a preguiçinha tipicamente matinal em quinze minutos eu já estava no calçadão.

Tudo ia bem até a chuva apertar. No começo quis bancar o herói e resistir aos pingos grossos que caiam. Escondi os óculos no bolso, pois naquela situação mais atrapalhavam. Razoavelmente molhado olhei para um relógio digital que também informava a temperatura: 18º C. Aquilo foi um argumento muito forte e resolvi voltar. Deus, contudo, me reservava algo mais divertido e surpreendente.
               
Percebi então, quatro pescadores puxando uma longa corda, e logo deduzi ser uma rede. Num ritual sincronizado, puxavam até certa altura da areia da praia, quando o último largava a corda e passava a ser o primeiro da fila. Assim, revezando a ordem vagarosamente, venciam a inércia da rede lançada ao mar horas antes.
               
A chuva já estava bem forte, e como eu já estava completamente encharcado, resolvi ajudar aqueles homens. Sem dar muitos motivos os cumprimentei com um bom dia e logo fingi saber das coisas e peguei na corda exatamente como todos os quatro a estavam segurando: mão esquerda por trás do corpo e mão direita mais a frente, ambas pegando firme, e com o peso do corpo, puxavam forte. Agora éramos cinco naquele esforço. Inicialmente fiquei calado e eles também.
               
Na verdade eu não entendi muito bem o que estava acontecendo, até descobrir que não estávamos sós, mais quatro homens estavam há uns 200 metros de distância, puxando uma corda também, ao que perguntei: Aquela lá é outra rede? E eles me responderam: Não, é a mesma. Vamos puxar as duas pontas juntas e desta forma fechamos o cerco dos peixes desta parte da praia. Assim, ficamos revezando naquele movimento por mais de uma hora e, confesso, já estava exausto e com as mãos pegando fogo.
               
Finalmente, a bóia que sinalizava o início da rede chegou na arrebentação das ondas, estávamos quase lá. Um dos pescadores correu, entrou dentro d’água e com os pés baixava a chumbada, parte inferior da rede, e com as mãos sustentava as bóias, a parte superior. Seu objetivo era que nos momentos finais e mais importantes a rede não embolasse, e os peixes que ainda não estavam ‘malhados’ se perdessem. Todo cuidado era pouco naqueles momentos críticos, onde a apreensão já tinha tomado conta de todos. Quando os primeiros peixes apareceram foi uma alegria só, gritaria, euforia, festa mesmo. Nesta hora apareceram os curiosos. É impressionante como essa classe só chega no momento da festa.
               
Percebi que os pescadores não ficaram tão empolgados com a quantidade de peixes mas pra mim aquilo tudo era encantador. Peixes e crustáceos de várias formas, tamanhos e cores diferentes. Roncador, pescado, pescadinha, siris, lulas e espada iam enchendo uma caixa plástica colocada na areia. Observei também que alguns peixes eram devolvidos ao mar - todos os pequenos e o tal baiacu espinho, este independente do tamanho. O resultado daquela redada foi um pouco mais de meia caixa plástica de bonitos peixes.
               
Aos olhos de um transeunte desatento, aquela cena seria indiferente e corriqueira, mas para quem sabe crer, o pingo é uma bênção. Na igreja moderna somos tentados a delegar a alguns, especificamente sobre os líderes, a incumbência da pesca. Logo estão exaustos e desanimados. Com esses pescadores aprendo que para obter sucesso duradouro, todos precisamos igualmente pegar na corda da rede e nos revezarmos na frente da batalha. E não adianta muita programação, liturgias maravilhosas, cerimônias acaloradas, se na hora da redada, na hora de contabilizarmos os peixes pescados para Jesus, não temos habilidade de “pisar na chumbada e segurar a bóia” e deixamos os peixes escaparem.

A dedicação e as estratégias daqueles homens também me encantaram. Vejo muita gente tratando as coisas de Deus de maneira desleixada e descompromissada, acreditando apenas que “Deus proverá”. Mas com certeza, o que mais me marcou naquela manhã fria, foi a seleção de peixes: uns eram descartados, outros eram amontoados na caixa plástica. Assim será quando Jesus voltar, uns serão acolhidos num local preparado e destinado àqueles que optaram por crer nas promessas do Pai, reveladas em Jesus. Outros serão lançados no lago de enxofre, reservado para os que não assumiram um compromisso genuíno com o Senhor e com seu Reino.
               
Fui embora com uma sacola cheia de peixes, presente dos novos amigos pescadores, e agradeci a Deus, porque eu desisti da pesca, mas eles continuaram a lançar as redes.

Ainda há esperança, o Senhor ordena que se lancem as redes.

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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

vagas para diakonos



Precisa-se mais de diakonos do que de doulos. E eu explico. No original grego diakono é aquele que serve, que se realiza ao servir. Também aponta para um serviço voluntário, diferente de doulos, termo semelhante, mas usado para escravo ou aquele que serve por obrigação. O varejo precisa ser assistido por diakonos, gente que tem a habilidade de se realizar profissionalmente ao servir a comunidade. O diakono é aquele que tem sede por servir, por atender bem, por realizar suas atividades com presteza e agilidade, diferente do doulos que está interessado apenas no salário que recebe no fim do mês.

Diakono também vem de outra expressão composta que significa “fazer a poeira subir”. A imagem é de alguém que está se movendo tão rapidamente para cumprir suas obrigações que, ao passar, seus pés fazem a poeira levantar. É fácil perceber quando somos atendidos por diakonos. Existe uma magia sutil nos acontecimentos. É algo que se tenta explicar nos treinamentos com dificuldade, por que geralmente a ênfase é o procedimento, a técnica, e não o encantamento que resulta de um atendimento feito para servir. Diakonos querem clientes satisfeitos, doulos cumprem regras. No primeiro há graça, no segundo, lei. É diferente.

A empresa que se dedica em conquistar e reter diakonos cresce e se desenvolve. Isso requer disciplina e adequação nos processos de gestão de pessoas. Perceba que nossos anúncios abrem  vagas para doulos e não para diakonos. O Management Jesus Cristo, já se preocupava em selecionar e valorizar os diakonos. Ele dizia: "Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva" (diakono).

Alguém já disse que a Disney contrata sorrisos, depois treina o que for necessário. Creio que este sorriso expressa esta habilidade desejada de diakonia. É algo que não se consegue multiplicar com aulas/hora de treinamento, mas que pode ser despertado num novo enfoque na área de atendimento. Quando a empresa está cheia de doulos pode até ter bons resultados, mas quando é composta de diakonos, se realiza e consegue cumprir seu propósito universal, que é servir.

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sábado, 1 de outubro de 2011

nunca achei que fosse sair daquela miséria


Postei este vídeo no Youtube em 2007. Com quase 500 mil visualizações, já tive muitos feed backs. Hoje recebi um testemunho que me encorajou a enfrentar minhas misérias interiores:

Perdi minha mãe ao 6 anos 2 irmãos 1 irmã. Depois de os ter perdido aos 8 anos perdi meu pai e fiquei jogado nas ruas de são paulo durante 11 anos e 16 anos nas drogas, mas Deus teve misericordia de mim,pois tomava 4 litros de pinga para suporta os dias de frio, nunca achei que fosse sair daquela miseria. Ja tinha tentado de tudo, mas não conseguia. Ninguém acreditava mais em mim por causa dos meus graves defeitos, mas o Deus q pega o torto e endireita fez o milagre em mim! hoje vivo pra Deus