Desta vez li a mão de uma jovem e menti.
Trabalhar no Rock in Rio é uma experiência radical. Público eclético de muitas tribos: famílias e casais gays na sexta; adolas debochados e maconheiros no sábado; rockeiros de preto carentes e tristes no domingo, fora exceções. Mas quer saber? Eu gostei. Afinal seria muito chato se todo mundo gostasse das mesmas músicas ou tivesse um estilo de vida parecido. Calma, eu já vou espiritualizar meu post pra não escandalizar. Lembre que Deus também é eclético e seu amor não é preconceituoso quanto minha caracterização do público do evento. Mas de tudo que interagi no Rocn in Rio nada se compara com o pedido de informação de uma jovem. No meio da multidão e acompanhada por um casal de amigos ela me perguntou: Moço, onde está a cartomante? Silêncio, silêncio, silêncio. Três segundos eternos pra eu pensar. Então menti: Ela não veio! Na verdade eu não sabia se a cartomante, contratada pelo evento, estava de plantão. Mas não resisti a um instinto primitivo paternal e sentenciei: Ela não veio! Visivelmente desapontada a jovem ia embora quando falei: Mas eu posso ler sua mão! Eu sei, peguei pesado. Peguei sua mão e os amigos curiosos se achegaram. Mostrando as linhas de sua mão estreei minha inédita vocação: Você é uma mulher muito invejada! Falei com firmeza na voz. Mas Deus te ama muito, e se você entregar sua vida a Jesus, terá direito a morar no céu para sempre. Fechei sua mão e profetizei: Vá em paz! Silêncio. Ela não resistiu, me abraçou e pediu aos amigos para tirarem uma foto dela com o “seu cartomante”. Fecha a cortina. A primeira leitura de mão a gente nunca esquece.
Se a vida começasse agora,
E o mundo fosse nosso outra vez,
Faria tudo de novo sem duvidar ou talvez.
vejo na linha de sua mão, que se você divulgar este post, vai ter sorte