segunda-feira, 4 de junho de 2012

pirraça do tempo





Tempo é uma coisa engraçada. Quando eu era bem pequena, meu avô costumava falar que devíamos nascer velhos e morrer novos, o que, de fato, não é má ideia. Isso ficou um bom tempo na minha cabeça, e nesse ano de vestibular percebi de forma mais clara ainda como os ponteiros do relógio brincam com a gente, ou pelo menos comigo. O tempo pode ser, às vezes, comparado à uma criança que está aprendendo a tomar decisões por si só: faz exatamente o contrário daquilo que queremos que ela faça. Assim, pelo simples motivo de contrariar. 

 Por exemplo, quando perdemos a hora e encontramo-nos extremamente atrasados para algo qualquer que seja, desejamos que o tempo pare e é exatamente aí que os ponteiros do relógio resolvem, misteriosamente, acelerar de forma nunca vista antes! Ou então quando estamos estudando aquela matéria enjoada de física, literatura ou biologia e olhamos no relógio exatamente 15:26, depois de quatro longas horas o relógio marca 15:28. Não sei se é só comigo, mas aqueles gloriosos ‘’cinco minutinhos’’ de sono antes de levantar da cama passam como rápidos segundos de felicidade, enquanto esperar o ônibus por três minutos faz com que eu me sinta mil anos mais velha por estar ali ‘’há tanto tempo’’... É, de fato o tempo não vai muito com a minha cara. O fato é que, independente de tudo, o tempo passa e não nos espera. E, um dia, esse tempo de vestibulanda me fará falta (eu espero), assim que eu estiver formada, trabalhando e construindo uma família. Nossa, já estou falando em família, mas isso daqui há alguns anos, é claro. Que passarão rápido ou devagar demais, e tudo depende do ponto de vista. E é ai que me lembro das palavras do meu avô, que só mostra que o tempo é o mesmo, pra todos, e a diferença vem da forma com que cada um o vê. 

Gabriella Hertel

Nenhum comentário:

Postar um comentário