Pregadores têm lá suas didáticas para deixar o público antenado na mensagem. Uma muito comum nos arraiais cristãos é: "Fale com seu irmão aí do lado..." É um movimento que dá certa dinâmica no auditório. Dia desses um pregador empolgado falava sobre os cuidados que temos que ter com algumas pessoas próximas. Até Jesus teve que confrontar um companheiro de ministério, dizia. Jesus chamou Pedro de diabo, quando este quiz uma versão light da cruz. E sapecou: " Pergunte ao irmão aí do lado: Você é diabo? Você é o diabo? Quando olhei para o lado veja quem estava lá.
O irmão Messias. Um armário, com um braço do tamanho do tronco de uma árvore. Eu olhei pra ele e disse: A paz do Senhor irmão!
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
restaure a mesa
Se tivesse que escolher uma palavra que representasse a experiência cristã, escolheria mesa. A mesa é democrática, é o local de encontro com quem amamos. Mas nossa geração perdeu a mesa. Também pudera, os concorrentes são fortes e na hora das refeições é cada um por si. Correm para tv, para o computador, e ainda tem o iPad, o iPhone... ai meu Deus. Com agendas desencontradas, todo mundo ralando para ganhar o pão, curiosamente não nos sentamos à mesa para juntos desfrutarmos o pão que ganhamos. Perdemos a mesa. A mesa talvez seja uma das veredas antigas recomendadas em Jeremias 6:16. É um princípio antigo, mas não antiquado, que nos proporciona paz.
Quando as pessoas se reúnem em torno da mesa, poderosos movimentos são desencadeados, como a sensação de segurança por pertencer a um grupo com laços afetivos. Estudos realizados em todo o mundo sugerem que quanto mais refeições familiares, melhor é o desempenho dos filhos na escola, nas relações sociais e no enriquecimento do vocabulário. Além de adotarem uma alimentação mais saudável, no futuro terão menos propensão a fumar, beber ou se envolver com drogas, e ainda iniciarão suas atividades sexuais mais tardiamente. Os adultos serão mais sarados emocionalmente e construirão relacionamentos duradouros e saudáveis. Ou seja, tudo de bom, e provavelmente tudo que você gostaria de experimentar em sua família.
A Bíblia é repleta de mesa. Bem no começo Adão e Eva sentam-se na mesa errada. No deserto, Jesus não aceita a proposta de sentar-se à mesa do Diabo, e mais tarde inaugura a mesa do Senhor. A ceia é a apoteose da reunião cristã. O salmista poderia pedir qualquer coisa, mas implora por uma mesa e um cálice transbordante. No Apocalipse, Jesus bate à porta e se alguém atender ao seu clamor, Ele entra e senta-se à mesa. Depois de sua ressurreição, Jesus exorta e orienta à mesa (Mc 16:14-18), se confraterniza e se revela à mesa (Lc 24:30-31), consola e conforta à mesa (Lc 24:41-43), faz milagres e encoraja à mesa (Jo 21:9-14), faz promessas e fala acerca do Reino à mesa (At 1:3-5).
Incentivo você a investir em sua família. Semeie agora e com certeza você colherá bons frutos em breve. A refeição familiar é um dos maravilhosos pontos em comum entre a ciência e a fé cristã. O encontro familiar durante as refeições é, portanto, um poderoso movimento que une fé e razão.
A revolução começa em casa, e sua família merece uma nova atitude de sua parte. Boas refeições e mãos à mesa.
artigo publicado na Revista Comunhão - Edição 171
domingo, 11 de dezembro de 2011
liderança
Reciclar é um princípio universal. Não é uma onda de militantes verdes apaixonados. O líder que não se recicla torna-se obsoleto. Reciclar é inclusive um princípio bíblico: Aquilo que se torna antiquado e envelhecido está prestes a desaparecer. (Hebreus 8:13b). Investi alguns dias num congresso internacional de liderança. Foi um tempo maravilhoso de aprendizagem que eu não seria capaz de descrever num artigo. Mas ouso investir com carinho em você compartilhando alguns tópicos e insights do evento:
1-a pressão promove vitórias: o poder para influenciar e conquistar grandes objetivos são impulsionados por pressão. O líder que administra a pressão é bem aventurado.
2-servir é a vocação do líder: o líder é chamado a servir todos os envolvidos no processo (stakeholders).
3-grandes líderes devoram grandes livros: grandes líderes e grandes movimentos são gerados pela interação de grandes livros.
4-lealdade é o que se requer de um líder: se você perder a confiança, perdeu tudo.
5-você tem um inimigo: que muitas vezes está bem próximo. Jesus sofreu ataque de fogo amigo na sua própria equipe.
6-coloque para fora o desleal: não conviva com gente desleal.
7-características de um desleal: espírito independente; ofendido; passivo; crítico; amante da politicagem; decepcionado.
8-foco apesar dos fracassos: foco é atuar com mais energia, intensidade e dedicação da próxima vez.
9-seja um apaixonado por fundamentos: os melhores atletas são os que investem muita energia nos fundamentos. Sem fundamentos não alcançamos todo nosso potencial. Fundamentos são mais importantes que métodos.
10-talento não é suficiente: talento ganha jogos, equipe e inteligência ganham campeonatos. Talento não supre o fundamento.
11- invista em algo poderoso: talento trás colheitas superficiais, fundamentos colheitas perenes.
12-o seu destino é feito por seus relacionamentos: diga-me com quem se relaciona que direi onde você vai chegar. Não ande com quem não honra compromissos.
13-sou o que faço: as palavras de um líder precisam ser respaldadas pelo seu desempenho.
14-sustente o que você acredita: faça sempre o que é certo, não o que é conveniente.
15-promova a esperança: líder é um mercador de esperanças. Descreva a recompensa daquela semeadura. Mostre o futuro para as pessoas.
16-recompensa é lei: um líder merece recompensas justas.
17-imperfeito mas não impedido: você não precisa de perfeição, mas de progresso.
18-saiba errar: erro é o que não te ensina nada. Quando ensina, chama-se experiência.
19-ria de você mesmo: faça graça das desgraças.
20-credibilidade: sem crédito você não é nada. Nem à vista vão te comprar.
21-pare para pensar: Se nenhum outro tópico fez sentido pra você, pare para pensar e decida coisas grandes ou coisas pequenas, mas decida. Descubra a parte que falta na equação.
22-honre seus liderados: um líder coloca sua cabeça a prêmio por seus liderados. É isso que cria paixão.
23-registre suas descobertas: monte um eficiente sistema de registro de suas descobertas e novos conhecimentos. Sua mente tem que estar livre para ser criativa. Registre, não seja mané ao querer guardar tudo na sua memória. Vamos, registre.
24-tenha mentores extraordinários: você precisa de pessoas que tenham paixão por te ensinar algo. A experiência é o professor mais lento da face da terra.
25-é com você que estou falando: assuma pessoalmente a missão de ensinar, explicar e persuadir os parceiros de seu projeto.
26-nossa mente é um jardim: cuide dele, arranque os matos, plante flores. Invista na sua mente. Devore grandes livros.
27-seja responsável por seu futuro: a voz que você confia, cria seu futuro. Exemplo: se você confia no que estou te falando neste artigo, isso pode construir seu futuro.
28-cumpra as leis: leis quebradas dão um trabalhão. Isso me lembra o que diz Jeremias 6:16. Pare e leia este texto na Bíblia agora. Está ali entre Gênesis e Apocalipse. Vamos, leia o texto na Bíblia.
Viu? Ponha-se a margem, pare um pouco, conceda-se um tempo para avaliar, fazer um balanço. Pergunte exaustivamente pelas veredas antigas, pelos princípios universais estabelecidos por Deus. Agora tenha coragem e ande por tais veredas, elas são de Deus, feitas para seu sucesso completo, tão intenso que gerará paz em sua alma. Isso é uma lei de Deus. Não descumpra então.
29-gerencie seu tempo: quanto custa uma hora do seu dia? Faça contas. Ninguém é bem sucedido sem gerenciar seu tempo. Cuidado com os ladrões de tempo.
30- tempo é o que você recebeu de melhor: Deus não te deu dinheiro, amigos. Deus te deu tempo. Ele investiu pesado em você. Todos os dias investe 24 horas em sua vida. Cuide deste ativo.
Caraca! Este artigo é pra mim, vou estudá-lo profundamente. E se tiver coragem, colocar em prática.
Se pelo menos um tópico te abençoou, divulgue este artigo.
Esta será a recompensa de meu esforço.
Reivindico a lei da recompensa.
sábado, 3 de dezembro de 2011
o tribalismo na nova era
A Nova Ordem Mundial, também conhecida como Nova Era, é uma dessas forças intangíveis que estão infiltradas em todos os segmentos da sociedade. Basicamente, os novaeristas defende a negação de crenças ou a quebra de paradigmas e a expansão de consciência que se daria através de um salto qualitativo e não por mero esforço do pretendente.
Com expressão impressionante nos formadores de opinião, fruto de um sofisticado sistema de disseminação de idéias, os conceitos da Nova Era têm repercutido, principalmente, no meio intelectual, com ênfase em grupos místico-filosófico-culturais e outros tantos grupamentos que não se contentam com o mundo real e buscam o etéreo, o transcendente.
Nada de novo na história da humanidade, que já se acostumou com a ânsia da alma do homem criada com um chip programado para a busca do ‘outro’ e para adorar a um deus. A cultura judaico-cristã referenda essa idéia de não originalidade, pregando que a Nova Era não seria assim tão nova, mas que teve suas primeiras atuações por ocasião do Jardim do Éden, onde a serpente é vista como precursora da dupla plataforma doutrinária.
Numa prosa com o primeiro casal, teria pregado a negação da crença em Deus, quando especulou ser Ele um mentiroso, pois, ao contrário do que o Todo Poderoso avisara, se comessem da fruta proibida, não morreriam. E inaugurou o conceito de expansão da consciência quando afirmou que se desfrutassem daquela fruta apetitosa teriam os olhos abertos e seriam como o próprio Deus. O restante da história é conhecida e deu no que deu.
Outra característica peculiar dessa Nova Ordem Mundial é sua cosmovisão tribal, onde aceita-se qualquer manifestação individual, desde que seja reconhecida por uma tribo. Sem rodeios, seria o vale-tudo, uma vez que outras pessoas compartilhariam do mesmo ideal ou conceito ou atitude. Sob a proteção do direito à liberdade de expressão, a ética, a moral, e os costumes são coadjuvantes paralelos. Afinal, nessa ótica tudo seria relativo.
Uma manifestação cultural dessa teoria, são as letras do badalado CD Tribalistas (2002, Phonomotor Records) que ilustram bem o posicionamento da Nova Era. Na música É Você, percebemos o descompromisso com a busca da verdade no verso: “...Na vida só resta seguir: um ritmo, um pacto, um gesto rio afora...”. Já na faixa Já Sei Namorar cantarolamos “...Eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também...” com tamanha inocência, que não nos apercebermos que tal comportamento é a matéria prima da prostituição e da promiscuidade. Mas, afinal, o que importa, se o dito comportamento é aceito pela tribo?
Mas é na música Tribalistas - que leva o título do álbum - que identificamos claramente o âmago de todo o esforço do movimento Nova Era. Ouvimos lá que “...Os tribalistas já não querem ter razão, não querem ter certeza, não querem ter juízo nem religião. Os tribalistas já não entram em questão, não entram em doutrina, em fofoca ou discussão. Chegou o tribalismo no pilar da construção. Pé em Deus e Fé na Taba...”
Razão, certeza, juízo e religião são justamente os paradigmas ultrapassados que se quer romper. O pilar da construção da Nova Ordem Mundial Tribal seria justamente não entrar em questões de doutrina ou qualquer outra discussão na busca da verdade absoluta, pois a fé está depositada na taba, na aldeia, na tribo. A Deus só caberia um pontapé.
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
um exemplo de devoção
Minha mãe não estava nada bem. Há 9 anos com uma enfermidade sem diagnóstico, não sabíamos contra quem lutávamos. Os caroços já se alastravam por todo o seu corpo. Sua pele estava completamente tomada, e aparentemente não havia mais tempo para um diagnóstico preciso e uma possível intervenção medicamentosa. Dores horríveis eram combatidas com doses de um fortíssimo remédio em quantidades cada vez maiores e mais freqüentes. Ela já não enxergava bem, não evacuava há dias, e estava pele e osso, pra ser muito franco, caroço e osso. Sem cabelos por causa de medicamentos que eram ministrados um tanto à revelia - na esperança de um sinal de melhora - porém, nada acontecia. Toda alimentação era intravenosa pois as tentativas de uma alimentação oral eram frustradas, uma vez que o alimento voltava pelo mesmo caminho em situações de vômitos que arrepiavam. Após uma cirurgia infrutífera para desobstruir o intestino, a transfusão de sangue também foi necessária. O cirurgião abriu, olhou e fechou sem nenhuma intervenção. Afinal, todos os órgãos internos também estavam tomados pelos malditos caroços. A igreja orava. Os médicos se renderam, e conscientes da situação, reuniram a família e deram o veredicto: D. Penha não sai do hospital viva.
Mas foi num dos plantões que dei, passando a noite com ela no quarto, que tivemos uma experiência fantástica. Católica devota, minha mãe recebia freqüentemente a ministração da comunhão. Idalina, uma amiga fiel e ministra da eucaristia, estava logo cedo no hospital para dar-lhe a hóstia. Estávamos nós três e a cerimônia foi breve, mas cheia de significado. Perguntei se haviam hóstias suficientes para eu participar também, o que causou espanto nas duas. Minha mãe perguntou: “Meu filho, você pode participar?” Respondi que se as duas concordassem, sim. Só havia uma hóstia, e então partimos ao meio. Peguei minha Bíblia e li um texto alusivo à ceia. Com minha parte da hóstia na mão, dei graças e disse: “Mãe, lá na minha igreja usamos o vinho como símbolo do sangue de Jesus Cristo que foi derramado por mim e por você lá na cruz do Calvário. Mas como não temos vinho aqui, este sangue que está entrando na sua veia agora – ela estava recebendo uma transfusão de sangue naquela hora - vai representar o sangue do Cordeiro, o sangue de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”. Esta foi a primeira ceia que ministrei.
Contrariando todas as expectativas, minha mãe resistiu bravamente ao câncer por muito tempo ainda.
Anos depois num novo plantão hospitalar vivemos juntos outra experiência. Era uma tarde de sábado e algo aqueceu meu coração ao meditar na Bíblia. Compartilhei um texto com ela que apontava para Jesus Cristo como nosso único e suficiente Salvador. Perguntei se ela entendia e se queria fazer uma oração de entrega a Jesus. Ela balançou a cabeça que sim. Fiz uma oração simples de gratidão e entrega e ela concordou. Tia Derly ao lado da cama foi nossa testemunha. Na segunda feira ela faleceu.
Sou grato a Deus pelo exemplo de devoção e amor de minha mãe.
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
prestação de contas: é de Deus!
Eu estou na muda. E isso há algum tempo. Minha sorte é que tenho encontrado muitos homens e mulheres abrindo mão da plumagem exuberante para se revelarem como são. E isso de forma voluntária e, por que não dizer, corajosa. Gente que não agüenta mais falsear quem não é pra alcançar prestígio não sei de quem. Gente que não quer mais "fotoshopar" a alma.
Creio que um bom princípio de Deus que nos auxilia neste processo é a prestação de contas. Presta contas da tua administração (Lucas 16:2b). E prestação de contas me lembra também aquela prática periódica de quitação das parcelas de uma compra a prazo. No nosso caso, as prestações são eternas. Ou seja, prestação de contas pra um servo é por toda a vida.
princípio universal
Talvez um dos piores momentos de Israel foi quando este princípio foi desprezado. Cada um fazia o que achava mais reto (Juízes 21:25b). O curioso é que o texto não fala que o povo fazia coisas erradas, mas o que achava bem aos seus próprios olhos, sem um vínculo de autoridade. Pessoas precisam prestar contas, e a igreja como organização também. Onde não há conselho fracassam os projetos, mas com os muitos conselheiros há bom êxito (Provérbios 15:22). Nas igrejas do Novo Testamento sempre haviam grupos de pessoas a quem se prestavam contas que por sua vez prestavam contas também. Os anciãos eram membros mais maduros, os bispos, supervisores, mas até mesmo os da mais alta patente e reconhecimento como os comissionados Paulo e Barnabé prestavam contas. E dali navegaram para Antioquia, onde tinham sido recomendados à graça de Deus para a obra que haviam já cumprido. Ali chegados, reunida a igreja, relataram quantas coisas fizera Deus com eles e como abrira aos gentios a porta da fé. E permaneceram não pouco tempo com os discípulos (Atos 14:26-28).
prestar contas de que?
Grandes homens de Deus prestavam contas de seus ministérios, de suas atividades pessoais, de seus sonhos. José prestava contas a Potifar (Gn 39:6); Saul prestava contas à Samuel (1 Sm 13:8-14); Davi prestava contas a Natã (2 Sm 12:13); Neemias prestava contas ao rei Artaxerxes (Ne 2:1-8); Daniel prestou contas aos reis que serviu (Dn 6:28); Jesus prestava contas ao Pai (Jo 4:34; 10:25); os discípulos prestavam contas a Jesus (Lc 10:17). Mas um dos relatos mais pujantes de prestação de contas vem do maior evangelista, do maior plantador de igrejas, talvez do autor mais lido em todo mundo. O apóstolo Paulo se esforça tremendamente para reunir um grupo de amigos para prestar contas de sua vida. E, quando se encontraram com ele, disse-lhes: Vós bem sabeis como foi que me conduzi entre vós em todo o tempo, desde o primeiro dia em que entrei na Ásia (Atos 20:18).
Você pode se inspirar em Paulo e prestar contas de algumas áreas de sua vida. Leia Atos 20:17-38.
1-Como encaro meus problemas (vr. 19);
2-Minhas atividades públicas e domésticas (vr. 20);
3-Detalhes de meu ministério (vr. 21);
4-Projetos e sonhos (vrs. 22 e 23);
5-Filosofia de vida (vrs. 24);
6-Relacionamentos pessoais (vrs. 25 a 27);
7-Ansiedades e medos (vrs. 28 a 32);
8-Atividades profissionais (vrs. 34);
9-Administração financeira (vrs. 35).
O resultado de uma sincera prestação de contas é maior intimidade, cumplicidade, quebrantamento e comunhão. Tendo dito estas coisas, ajoelhando-se, orou com todos eles. Então, houve grande pranto entre todos, e, abraçando afetuosamente a Paulo, o beijavam, entristecidos especialmente pela palavra que ele dissera: que não mais veriam o seu rosto. E acompanharam-no até ao navio (Atos 20:36-38).
Ore agora, para que o Senhor te revele um parceiro de oração e de prestação de contas. É de Deus!
terça-feira, 11 de outubro de 2011
pra quem sabe crer, o pingo é uma bênção
Levantar cedo naquela manhã fria não foi fácil. A sensação que tive é que dormiria, sem esforço algum por mais duas horas. Mas vencendo a preguiçinha tipicamente matinal em quinze minutos eu já estava no calçadão.
Tudo ia bem até a chuva apertar. No começo quis bancar o herói e resistir aos pingos grossos que caiam. Escondi os óculos no bolso, pois naquela situação mais atrapalhavam. Razoavelmente molhado olhei para um relógio digital que também informava a temperatura: 18º C. Aquilo foi um argumento muito forte e resolvi voltar. Deus, contudo, me reservava algo mais divertido e surpreendente.
Percebi então, quatro pescadores puxando uma longa corda, e logo deduzi ser uma rede. Num ritual sincronizado, puxavam até certa altura da areia da praia, quando o último largava a corda e passava a ser o primeiro da fila. Assim, revezando a ordem vagarosamente, venciam a inércia da rede lançada ao mar horas antes.
A chuva já estava bem forte, e como eu já estava completamente encharcado, resolvi ajudar aqueles homens. Sem dar muitos motivos os cumprimentei com um bom dia e logo fingi saber das coisas e peguei na corda exatamente como todos os quatro a estavam segurando: mão esquerda por trás do corpo e mão direita mais a frente, ambas pegando firme, e com o peso do corpo, puxavam forte. Agora éramos cinco naquele esforço. Inicialmente fiquei calado e eles também.
Na verdade eu não entendi muito bem o que estava acontecendo, até descobrir que não estávamos sós, mais quatro homens estavam há uns 200 metros de distância, puxando uma corda também, ao que perguntei: Aquela lá é outra rede? E eles me responderam: Não, é a mesma. Vamos puxar as duas pontas juntas e desta forma fechamos o cerco dos peixes desta parte da praia. Assim, ficamos revezando naquele movimento por mais de uma hora e, confesso, já estava exausto e com as mãos pegando fogo.
Finalmente, a bóia que sinalizava o início da rede chegou na arrebentação das ondas, estávamos quase lá. Um dos pescadores correu, entrou dentro d’água e com os pés baixava a chumbada, parte inferior da rede, e com as mãos sustentava as bóias, a parte superior. Seu objetivo era que nos momentos finais e mais importantes a rede não embolasse, e os peixes que ainda não estavam ‘malhados’ se perdessem. Todo cuidado era pouco naqueles momentos críticos, onde a apreensão já tinha tomado conta de todos. Quando os primeiros peixes apareceram foi uma alegria só, gritaria, euforia, festa mesmo. Nesta hora apareceram os curiosos. É impressionante como essa classe só chega no momento da festa.
Percebi que os pescadores não ficaram tão empolgados com a quantidade de peixes mas pra mim aquilo tudo era encantador. Peixes e crustáceos de várias formas, tamanhos e cores diferentes. Roncador, pescado, pescadinha, siris, lulas e espada iam enchendo uma caixa plástica colocada na areia. Observei também que alguns peixes eram devolvidos ao mar - todos os pequenos e o tal baiacu espinho, este independente do tamanho. O resultado daquela redada foi um pouco mais de meia caixa plástica de bonitos peixes.
Aos olhos de um transeunte desatento, aquela cena seria indiferente e corriqueira, mas para quem sabe crer, o pingo é uma bênção. Na igreja moderna somos tentados a delegar a alguns, especificamente sobre os líderes, a incumbência da pesca. Logo estão exaustos e desanimados. Com esses pescadores aprendo que para obter sucesso duradouro, todos precisamos igualmente pegar na corda da rede e nos revezarmos na frente da batalha. E não adianta muita programação, liturgias maravilhosas, cerimônias acaloradas, se na hora da redada, na hora de contabilizarmos os peixes pescados para Jesus, não temos habilidade de “pisar na chumbada e segurar a bóia” e deixamos os peixes escaparem.
A dedicação e as estratégias daqueles homens também me encantaram. Vejo muita gente tratando as coisas de Deus de maneira desleixada e descompromissada, acreditando apenas que “Deus proverá”. Mas com certeza, o que mais me marcou naquela manhã fria, foi a seleção de peixes: uns eram descartados, outros eram amontoados na caixa plástica. Assim será quando Jesus voltar, uns serão acolhidos num local preparado e destinado àqueles que optaram por crer nas promessas do Pai, reveladas em Jesus. Outros serão lançados no lago de enxofre, reservado para os que não assumiram um compromisso genuíno com o Senhor e com seu Reino.
Fui embora com uma sacola cheia de peixes, presente dos novos amigos pescadores, e agradeci a Deus, porque eu desisti da pesca, mas eles continuaram a lançar as redes.
Ainda há esperança, o Senhor ordena que se lancem as redes.
Se curtiu, cadastre-se e divulgue. Se não, tenha misericórdia.
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
vagas para diakonos
Precisa-se mais de diakonos do que de doulos. E eu explico. No original grego diakono é aquele que serve, que se realiza ao servir. Também aponta para um serviço voluntário, diferente de doulos, termo semelhante, mas usado para escravo ou aquele que serve por obrigação. O varejo precisa ser assistido por diakonos, gente que tem a habilidade de se realizar profissionalmente ao servir a comunidade. O diakono é aquele que tem sede por servir, por atender bem, por realizar suas atividades com presteza e agilidade, diferente do doulos que está interessado apenas no salário que recebe no fim do mês.
Diakono também vem de outra expressão composta que significa “fazer a poeira subir”. A imagem é de alguém que está se movendo tão rapidamente para cumprir suas obrigações que, ao passar, seus pés fazem a poeira levantar. É fácil perceber quando somos atendidos por diakonos. Existe uma magia sutil nos acontecimentos. É algo que se tenta explicar nos treinamentos com dificuldade, por que geralmente a ênfase é o procedimento, a técnica, e não o encantamento que resulta de um atendimento feito para servir. Diakonos querem clientes satisfeitos, doulos cumprem regras. No primeiro há graça, no segundo, lei. É diferente.
A empresa que se dedica em conquistar e reter diakonos cresce e se desenvolve. Isso requer disciplina e adequação nos processos de gestão de pessoas. Perceba que nossos anúncios abrem vagas para doulos e não para diakonos. O Management Jesus Cristo, já se preocupava em selecionar e valorizar os diakonos. Ele dizia: "Mas entre vós não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva" (diakono).
Alguém já disse que a Disney contrata sorrisos, depois treina o que for necessário. Creio que este sorriso expressa esta habilidade desejada de diakonia. É algo que não se consegue multiplicar com aulas/hora de treinamento, mas que pode ser despertado num novo enfoque na área de atendimento. Quando a empresa está cheia de doulos pode até ter bons resultados, mas quando é composta de diakonos, se realiza e consegue cumprir seu propósito universal, que é servir.
se curtiu divulgue, se não tenha misericórdia
sábado, 1 de outubro de 2011
nunca achei que fosse sair daquela miséria
Postei este vídeo no Youtube em 2007. Com quase 500 mil visualizações, já tive muitos feed backs. Hoje recebi um testemunho que me encorajou a enfrentar minhas misérias interiores:
Perdi minha mãe ao 6 anos 2 irmãos 1 irmã. Depois de os ter perdido aos 8 anos perdi meu pai e fiquei jogado nas ruas de são paulo durante 11 anos e 16 anos nas drogas, mas Deus teve misericordia de mim,pois tomava 4 litros de pinga para suporta os dias de frio, nunca achei que fosse sair daquela miseria. Ja tinha tentado de tudo, mas não conseguia. Ninguém acreditava mais em mim por causa dos meus graves defeitos, mas o Deus q pega o torto e endireita fez o milagre em mim! hoje vivo pra Deus
baju2011 4 horas atrás
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
cartomante
Desta vez li a mão de uma jovem e menti.
Trabalhar no Rock in Rio é uma experiência radical. Público eclético de muitas tribos: famílias e casais gays na sexta; adolas debochados e maconheiros no sábado; rockeiros de preto carentes e tristes no domingo, fora exceções. Mas quer saber? Eu gostei. Afinal seria muito chato se todo mundo gostasse das mesmas músicas ou tivesse um estilo de vida parecido. Calma, eu já vou espiritualizar meu post pra não escandalizar. Lembre que Deus também é eclético e seu amor não é preconceituoso quanto minha caracterização do público do evento. Mas de tudo que interagi no Rocn in Rio nada se compara com o pedido de informação de uma jovem. No meio da multidão e acompanhada por um casal de amigos ela me perguntou: Moço, onde está a cartomante? Silêncio, silêncio, silêncio. Três segundos eternos pra eu pensar. Então menti: Ela não veio! Na verdade eu não sabia se a cartomante, contratada pelo evento, estava de plantão. Mas não resisti a um instinto primitivo paternal e sentenciei: Ela não veio! Visivelmente desapontada a jovem ia embora quando falei: Mas eu posso ler sua mão! Eu sei, peguei pesado. Peguei sua mão e os amigos curiosos se achegaram. Mostrando as linhas de sua mão estreei minha inédita vocação: Você é uma mulher muito invejada! Falei com firmeza na voz. Mas Deus te ama muito, e se você entregar sua vida a Jesus, terá direito a morar no céu para sempre. Fechei sua mão e profetizei: Vá em paz! Silêncio. Ela não resistiu, me abraçou e pediu aos amigos para tirarem uma foto dela com o “seu cartomante”. Fecha a cortina. A primeira leitura de mão a gente nunca esquece.
Se a vida começasse agora,
E o mundo fosse nosso outra vez,
Faria tudo de novo sem duvidar ou talvez.
vejo na linha de sua mão, que se você divulgar este post, vai ter sorte
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
sobre si
Coisas pequenas podem fazer uma grande diferença;
muitas delas podem verdadeiramente mudar o mundo. Richard Simpson
Desta vez tive uma oração atendida, e me arrependi. Voltava do Rio e no processo de aterrissagem meu ouvido começou a me incomodar. Quem viaja de avião e costuma ter as vias respiratórias congestionadas sabe bem do que estou falando. Uma criancinha de colo começou a chorar na minha frente, e deduzi que também estava sofrendo do mesmo incômodo. Foi aí que orei: Senhor, livre esta criança de sentir dor de ouvido, e se for necessário passe a dor dela para mim. Mal sabia eu que estava com meus ouvidos congestionados mas Deus não. Instantaneamente a criança parou de chorar e minha dor se intensificou. Eu já senti essa dor em aterrissagens várias vezes, algumas bem agudas, a ponto de ficar com as pálpebras dos olhos inchadas, mas nada que se comparasse com o que estava sentindo neste dia. Dois senhores conversavam ao meu lado, e eu já não podia ouvi-los, como se tivesse com tampões nos ouvidos. A dor passou de crítica, para desesperadora. Ameacei chamar a comissária por duas vezes, mas até o movimento dos braços parecia intensificar a dor. Tentei todos os macetes que já tinha executado em outras experiências: mascar chicletes, bocejar, e mais outros tantos que testei, pois a situação estava caótica. Pensei que os tímpanos iam estourar tamanha a intensidade da dor. A crise foi tão grande que por dias seguintes tive os ouvidos como que “estalando”. E a criancinha nada. Acho que dormia no colo da mãe. Confesso que se não fosse uma criança, clamaria a Deus para “devolver” a dor, dividindo a minha com mais alguém.
Eu me arrependi da oração expiatória que fiz, mas Jesus não. Ele levou sobre si toda a dor da humanidade, não apenas a física, mas a do espírito causada pelo peso do pecado de todo ser humano. De todas as dores factíveis, penso que a pior é a do espírito separado de seu Criador, porque esta tem conseqüências eternas.
Encorajo você a aceitar o sacrifício expiatório de Jesus por você. É a única maneira de aliviar seu espírito e fazê-lo descansar, como num colo de mãe.
Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Isaías 53:4
Se gostou deste post, divulgue. Se não, tenha misericórdia.
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
gol contra
Incomodado com o script dos comissários da GOL-Linhas Aéreas Inteligentes, enviei o seguinte e-mail para a Central de Atendimentos da empresa:
Prezados Senhores,
Moro em Vitória ES e como sou passageiro Gol, gostaria de fazer uma
observação quanto ao script usado pelos comissários no processo de
aterrissagem em nossa cidade. Normalmente informam que chegaremos ao
aeroporto "das Goiabeiras". Bem, Goiabeiras realmente é o nome do
bairro mas por aqui ninguém se refere ao aeroporto como sendo
"de Goiabeiras", muito menos "das Goiabeiras".
Sugiro informarem que o aeroporto é "de Vitória", ou no máximo o seu
nome próprio "Eurico Salles".
Fabio Hertel
Ao que me responderam:
Prezado Sr. Eurico Salles,
A GOL Transportes Aéreos agradece seu contato.
Muito obrigado por sua mensagem.
A opinião de nossos usuários é muito importante para o desenvolvimento da nossa empresa. As suas sugestões serão analisadas e as alterações serão implementadas assim que possível.
Atenciosamente,
Central de Atendimento
Eu não resisti e enviei minha tréplica:
Prezado Sr Atenciosamente
Fico feliz com sua resposta. Eu é que agradeço a atenção. Você só reforçou meu interesse em continuar sendo um fiel passageiro da GOL- Transporte Aéreo Marília. (ops...errei!...ah...vcs nunca lêem nossos emails mesmo)
Anos depois, contando o causo para um piloto da GOL, ele riu muito e pediu que eu enviasse pra ele o e-mail. Ele deve ter encaminhado novamente para a Central de Atendimento, e finalmente conseguimos um script feliz.
Prezado Sr Fábio Hertel,
Lamentamos a resposta dada em primeiro momento pela empresa. Cabe-nos esclarecer que apesar da infeliz troca de nomes praticada por nossa colaboradora, nós entendemos o conteúdo de seu e-mail, entramos em contato com o setor responsável pela Tripulação e conforme solicitado, modificamos o script de apresentação do Aeroporto de Vitória - Eurico Salles. Na esperança de termos prestado os devidos esclarecimentos, continuamos à disposição para quaisquer informações que se façam necessárias.
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
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