terça-feira, 17 de maio de 2011

esse menino vai longe


Nasceu, mas não nas melhores condições de higiene. Qualquer órgão de defesa ao consumidor, de direitos humanos, conselho de medicina ou de saúde pública, interditaria o local onde aconteceu o parto. Apesar das condições precárias, o menino tinha família. Pai e mãe cuidadosos, apesar de inexperientes. Era o primeiro filho do casal. Ela jovem, assustada e quase mãe solteira. Por pouco o pai da criança a abandona. Ele assumiu a paternidade sem precisar de teste de DNA. Corajoso, desafiou o costume local de abandonar a moça em determinados casos, foi pai presente, inclusive na hora do parto caseiro.
Jesus nasceu. Não tinha plano de saúde, casa própria, mas tinha família. Tinha o cuidado da mãe que o envolveu em panos e o colocou no local mais aconchegante possível, não numa lixeira. Tinha a hombridade do pai, cidadão que cumpria os deveres sociais perante a comunidade (participava do senso de Augusto) ao mesmo tempo era sensível à voz de seu Deus (batizou o menino, aproveitando uma dica de um anjo do Senhor: Jesus).
A mãe olha o bebezinho. É seu filho, mas também o Salvador do mundo, que responsabilidade. O menino tinha que dar certo, e deu. Ela devia chamá-lo por algum diminutivo carinhoso. _ Jezinho, vai escovar os dentes. Mas quando ele aprontava alguma dizia nome completo e composto: _Jesus Cristo de Narazé! Já o pai ensinou uma profissão honrosa e rústica, carpintaria. Ofício que mais tarde seria útil, pois pau que nasce torto, Jesus aplaina.
Sem escola particular, dicas da Super Nany da tv a cabo ou cursos de treinamento para criar o menino à maneira de Yavéh, os pais de Jesus usaram a intuição e o que conheciam sobre Deus para educá-lo. O investimento deu certo. Aos doze anos ele já era um sucesso nos desafios bíblicos, não um campeão de vídeo games.
Se você quer mudar o mundo, faça como Jesus, comece em casa.

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